Conhece aquela cantiga de roda: "fui ao Itororó beber água, não achei / encontrei bela morena ...?"
Pois é. Aconteceu assim conosco.
Mamãe e eu, desde há alguns anos, fugimos do frio de Varre-Sai que, por ser úmido, faz mal a velhos e criancinhas. Frio "seco" é que faz bem à saúde.
Este ano, tivemos que superar uma série de obstáculos para virmos ao Rio/RJ. Enfim, chegamos.
Poucos dias depois, mamãe foi "agraciada" com um mal que está acometendo os cariocas embora ainda não esteja sendo divulgado pelos meios de comunicação: CONJUNTIVITE MEMBRANOSA ou PSEUDOMEMBRANOSA.
Seus olhos só melhoraram 21 dias depois. Como não houve a retirada de membranas, terá que fazer uma cirurgia para retirá-las, pois se acumularam junto à pálpebra inferior.
Quando meu olho direito doeu fortemente e comecei a sentir como se houvessem cacos de vidro arranhando, fui imediatamente ao oftalmologista já nosso conhecido, Dr. Juan Julian Jimeno Jimenes, do Centro Oftalmológico de Ipanema. No outro dia, o olho já estava bem melhor. Só não contava que, com colírio antibiótico e tudo, a doença evoluiria atingindo o olho esquerdo e se tornando extremamente incomodativa, insuportável. Na sexta-feira, à noite, necessitei de consulta médica. Tive que procurar uma emergência oftalmológica. Então conheci o IBOL (atendimento 24 horas). Fiquei sabendo que se tratava deste tipo de conjuntivite menos comum. O paciente precisa comparecer à emergência de 2 em 2 dias, período em que se forma nova membrana que é retirada pelo médico.
Há pessoas que retiram umas 3 vezes. Outras, retiram 10. Depende das condições do sistema imunológico. Já retirei 3 vezes. Observei, hoje, que haverá uma 4ª vez...
Isto é que é passeio... Ficar quietinha em casa e só sair para ir ao médico. Só assim conheci o IBOL (Instituto Brasileiro de Oftalmologia), situado na Praia de Botafogo. Chegando lá, o recepcionista pergunta:
- Já é paciente?
- Sou. Vim tirar membrana...
A sala de espera, ampla e confortável, abriga grande número de pessoas escondidas atrás dos óculos escuros. Quem aguenta um pouco de claridade, vê TV; outros conversam, muitos olham para o chão. Durante o dia, o número de pacientes é maior. Lá pela madrugada, fica mais escasso.