sábado, 28 de junho de 2014

CAVEMOS A TERRA / PLANTEMOS NOSSA ÁRVORE...





          Cavemos a Terra, Plantemos Nossa Árvore

                                           (Qual é o título?)                                                    



           "Cavemos a terra, plantemos nossa árvore,
         Que amiga e bondosa ela aqui nos será!
         Um dia, ao voltarmos pedindo-lhe abrigo,
         ou flores, ou frutos, ou sombras dará!
         O céu generoso nos regue esta planta;
         o Sol de dezembro lhe dê seu calor;
         a terra, que é boa, lhe firme as raízes
         e tenham as folhas frescuras e verdor!
          Plantemos nossa árvore, que a árvore amiga
          seus ramos frondosos aqui abrirá,
          Um dia, ao voltarmos, em busca de flores,
          com as flores, bons frutos e sombra dará
          O céu generoso nos regue esta planta;
          o Sol de dezembro lhe dê seu calor;
          a terra, que é boa, lhe firme as raízes
          e tenham as folhas frescuras e verdor!"
            
Arnaldo Barreto 

 
      Nestes dias em que mamãe está acamada e nós, sempre em seu quarto, levamos o tempo conversando, bordando, assistindo aos programas de TV ou às voltas com internet que traz o mundo para dentro de casa.

     Há inúmeros momentos em que as lembranças da infância tomam conta das nossas mentes. 
      Perguntamos uma à outra:
      - Como é mesmo aquele canto que diz "cavemos a terra / plantemos nossa árvore..."?
      Cada uma se lembrava de uns versos... Fui encontrá-lo na internet. Ah, se tivéssemos este precioso recurso quando estudantes!

       Na Escola Estadual Dr. Miguel Couto Filho, no nosso Curso Primário, quando a Professora Helena de Magalhães Giovanini era Diretora, eram as Professoras Elcy de Salles Figueira e Edy Vargas de Oliveira Bândoli que, normalmente, cantavam conosco os hinos referentes às datas comemorativas. Não escapava uma data.
   Hoje vemos tudo isto pela ótica do agradecimento. Tudo era feito com simplicidade e compromisso. Parece que o compromisso cessou por um tempo. Que tristeza ver que muitos brasileirinhos não sabiam cantar o Hino Nacional!
 
      Os ensinamentos dos primeiros anos da Escola ficam firmemente enraizados nas nossas lembranças. Embora nunca tenha plantado uma árvore, jamais me esqueci do que dizia certa  poesia: "a árvore nos acompanha por toda vida - do berço ao caixão".

      Dona Elcy -  dona de boa voz e de um sorriso bonito carinhosamente guardado na minha memória.
      Quanto a dona Edy, descobri alguns anos depois  que ela possuía uma biblioteca formidável. Acho que herdou muitos livros de seu avô, Capitão Bernardino de Oliveira Santos que dá nome à Rua do Meio, como é conhecida. Seu pai, Romário de Oliveira, também era um grande colecionador de livros.
       Ficava admirada por ela me emprestar seus livros com tão boa vontade.
      "Sangue e Areia" foi um deles. Sua leitura tocou-me  emocionalmente.
Dona Edy perdeu este livro de vista. Achou que estivesse comigo. Fiquei tão triste... Livro precioso. Se alguém quiser adquirir hoje, só se encontrar em algum sebo. Será que ela morreu sem o reaver?
     

       Outro livro que dona Edy me emprestou foi "A Filha do Diretor do Circo". 
      
     
      Quem o queira adquirir hoje vai pagar uns R$150,00 pela internet. 
      Romance para arrancar lágrimas! Minha vontade era passar a noite toda lendo para saber o que aconteceria capítulos adiante. 
     Maravilhosos os livros da coleção Biblioteca das Moças.  Muitos consegui emprestados com a professora Margarida Nilza Ramos.
 

 
      Entrei para o Magistério e o meu tempo para leitura ficou quase que totalmente destinado aos livros didáticos.


    
                      

     

domingo, 1 de junho de 2014

A PROFISSÃO - autor: Oswaldo Gomes

   

Três sujeitos discutiam
numa discussão sem briga.
Cada um queria provar
sua profissão a mais antiga.

Dizia, então, o marceneiro:
- A grande verdade é:
foram os meus antepassados
que fizeram a Arca de Noé.

- Isso não é nada, diz o jardineiro.
Prestem a devida atenção.
Quem fez o Jardim do Éden
foi a minha primeira geração.

Por fim, o eletricista,
que nem de longe se complica,
pede a atenção dos amigos
e, calmamente, explica:

Quando Deus disse: "haja luz"!
Eu faço uma indagação.
Quem vocês acham que puxou
toda aquela fiação?
 

 
                                           Oswaldo Gomes