segunda-feira, 9 de abril de 2012

CLÁUDIO BESSERMAN VIANNA, "BUSSUNDA"



   Quem não tem saudades do Bussunda?

    Quando li sobre o lançamento do livro "BUSSUNDA, a vida do casseta", do escritor Guilherme Fiuza, em 2010, fui à livraria o mais rápido que pude e o adquiri.


      Bussunda significa uma lembrança importante na minha vida. Integrava o elenco do primeiro programa de televisão a que assisti após o início da minha noite dos horrores (postagem Carcinoide?!).


      Meu sobrinho Ricardo, um adolescente na época, aconselhou-me: veja este programa que a senhora vai gostar. Vi. Que pessoal maluco e tão engraçado! Humor absolutamente novo. Ocupou minha mente até o sono chegar. Tornei-me uma espectadora fiel. A principal figura era, sem nenhuma dúvida, o Bussunda.
     
      Não esperava que a história da sua vida fosse  repleta de fatos importantes, emocionantes e de valor histórico para a TV brasileira.


      Outra coisa que me chamou a atenção:  o amor de seu irmão Sérgio (Sérgio Besserman Vianna - homem importante no cenário nacional). É algo que se assemelha ao amor de pai mas é diferente, mais emocionante! Amor cheio de atenção, de cuidados... Linda convivência dos dois irmãos desde a mais tenra idade! Cheguei a sentir inveja. E que família bem estruturada, acolhedora, feliz! 

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       Trechos do livro:


           Nota do autor.
       Em 13 de julho de 2006, me chamou a atenção um artigo em O Globo com o título "Bussunda Besserman Vianna". Eu sabia que o autor, economista, ex-presidente do IBGE, era um homem preparado...
       ... seu irmão mais velho, Sérgio Besserman Vianna, abria o peito em público. O artigo escrito àquela altura parecia o cumprimento de uma missão, um tanto inusitado: avisar que o Brasil precisava conhecer Bussunda. Ou melhor, Cláudio."
       Sem o Cláudio não poderia haver o Bussunda", explicava o economista. Seu texto trazia uma senha: o humor sacana do irmão que conquistara o país provinha de uma densa história familiar, humana e intelectual.
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      " A reunião familiar dos Besserman Vianna em 1982 terminou com um acordo vitalício: em caso de morte ou invalidez de Luiz Guilherme e Helena, Sérgio e Marcos - já despontando como economista e médico promissores - assumiriam a responsabilidade pela sobrevivência pelo irmão caçula.
       Cláudio queria ser Bussunda na vida. Isto é, não queria nada.
       
       Em 1980, os publishers da Casseta Popular decidiram que precisavam de reforços para redigir o jornal. O problema de Beto, Hélio e Marcelo, como estudantes de engenharia, era falta de tempo. Precisavam de parceiros com o problema oposto, e foram ao lugar certo para recrutá-los: a praia.
       Um deles era o famoso Bussunda. O outro era... Cláudio Manoel.


       Como boa mãe judia, Helena Besserman era severa e controladora quando se tratava de forjar o caráter dos filhos. Os filhos podiam ser o que quisessem, desde que seguissem uma religião suprema: a leitura.


       A cada dia que passava, Cláudio parecia estar fazendo tudo certo para ser, rigorosamente, o pior.
       Nos almoços dominicais... - o avô, Ary Siqueira Vianna, que fora senador pelo Espírito Santo- ... no momento em que o clã se ufanava da cidade de Vitória... Bussunda veio com a sobremesa amarga: 
       - Gente, vitória é vitória. Aquilo lá é no máximo um empate, né?
      
       Certa vez, Sérgio ficou três dias sem vê-lo sair do quarto.
       - E aí, Cláudio? Tudo certo? Vamos dar uma chegada lá embaixo?
       - Estou com azar.


       Sérgio Besserman já era um economista da PUC, quando Bussunda, aos 18 anos, recebeu junto com Cláudio Manoel o chamado de Beto Silva, Hélio de La Peña e Marcelo Madureira para integrar a Casseta Popular.
      Homem da estratégia e da excelência, Sérgio leu a Casseta Popular e teve uma única certeza: aquilo era bom, e ia longe.


      ... noite de 28 de abril de 92 ... estreia do Casseta e Planeta Urgente...


      ... Flamengo. Para Bussunda, uma religião.
     
      Os irmãos Besserman eram frequentadores da colônia fundada por judeus progressistas no interior do Rio de Janeiro. O garoto aproveitava as temporadas... para uma boa economizada nos banhos. Em certa ocasião, chegou a uma formidável
poupança de cinco dias a seco. No mercado do esculacho, começou a circular uma contração de Bessermen com Sujismundo ...
     
      Na UFRJ, onde estudou ... Bussunda virou técnico de futebol. Foi escohido por aclamação treinador do time feminino da ECO. Ele de fato sabia tudo de bola, e não era um teórico de arquibancada.
     


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      Aí o Casseta e Planeta fez o maior sucesso na TV Globo, como todos os brasileiros sabem.

      Os irmãos Besserman solicitaram nova reunião familiar, agora para reivindicar os cuidados,caso se fizessem necessários, de Bussunda, a estrela-mor da família.

       Agora é ler o livro. Pode ler. Vale a pena.

     Abaixo, a foto de Sérgio no lançamento do livro sobre a vida do irmão.

Que irmão tão querido teve o Cláudio/Bussunda!


 






Um comentário:

marilisa disse...

Li há poucos dias esse livro e adorei...ja era fã dele e agora muito mais. Uma perda lamentável...
bjs e boa semana