domingo, 13 de maio de 2012

VARRE-SAI - 1970 - ALUNOS DO JARDIM DE INFÂNCIA






         Estes são os meus alunos do então denominado "3° Período" do Jardim de Infância anexo à Escola Estadual Dr Miguel Couto Filho (hoje Jardim de Infância Carlos Magno Fabri Martins se já não houve mudança no nome).
      Final do ano letivo de 1970. Há quanto tempo! Tive a feliz ideia de chamar o fotógrafo (Rubens Ramos) e levar meus alunos até à Gruta de N. Sra. de Lourdes para esta foto. O J. I. funcionava, provisoriamente, bem em frente à Igreja, na casa do Tancredo.
       Dos alunos acima, guardo os nomes de alguns na memória. Outros, que nunca mais vi, esqueci-me. Que pena! Pedi ajuda à uma ex-aluna e consegui quase todos os nomes. Só falta o de um.        
       Os nomes das meninas, a partir da esquerda: " Ana, Fátima Aparecida, Rosângela, Suzy, Áurea, Valéria Cristina, Maria Aparecida Madeo, Aparecida, Eleíce". Dos meninos: "Roberto Flávio, Reinaldo, Paulo, ............, Lúcio Mauro, Fabrízio, Flávio, José Maria e Jorge". Caso haja alguma incorreção quanto aos nomes, quem souber pode postar comentário que ficarei agradecida.
        Foi no Jardim de Infância que, em 1968, iniciei minha carreira no Magistério.
        Tive grande dificuldade. O Curso Normal que eu concluíra, preparou-me para dar aula de 1ª a 4ª série no antigo curso Primário. Não tinha nenhuma orientação para lecionar para crianças tão pequenas assim. Mas era única a oportunidade de ocupar a vaga existente no J.I. quando fui aprovada no Concurso.
        É um trabalho enorme, cansativo, exaustivo o de uma professora de Jardim de Infância. O cansaço é mais físico que mental. Mas que lembrança boa tenho hoje daquele tempo que não volta mais!
        Os pais não procuravam o J.I. para fazerem a matrícula de seus filhos nem se preocupavam em encaminhá-los diariamente ao local. Sempre há exceções, é lógico. E lembrem-se: estou falando da situação do interior do Estado do Rio de Janeiro. Acho que o Governador nem sabia o nome do lugar que hoje é cidade (mais próxima de Vitória/ES que do Rio de Janeiro).
        No início do ano letivo, as professoras saíam em busca de alunos, insistindo com as mães e explicando sobre a importância da Educação Pré-Escolar.                   
        Durante o ano letivo, pagávamos uma moça de responsabilidade (lembro-me da Maria Santa) para buscar as crianças em suas casas.
        A merenda escolar era bem pobre. Muita coisa nós, professoras, tínhamos que custear. O nosso cafezinho inclusive. E pagávamos a merendeira (Josefina) até que, finalmente, ela foi contratada.
        Pouco a pouco, bem devagarzinho, a situação foi progredindo. Mas todo progresso com a "educação", no Brasil, é morosa por excelência. Que político vai empenhar-se profundamente com uma situação cujos frutos são produzidos só uns doze, quinze anos depois? Até hoje, nesse sentido, só conheço o empenho do Japão no pós-guerra. A resposta está aí para todos se embasbacarem.

        

        

Um comentário:

Unknown disse...

Muito bonita sua história.
Faço o curso de pedagogia e compartilhei sua história com minha professora e colegas.
Certamente, a senhora contribuiu muito com estas crianças.

grande abraço